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NOTÍCIA

#Representante da ABRA visita Juína para tratar sobre mau cheiro provocado por "graxaria"

O presidente ressaltou que a empresa recebe produtos descartados de várias plantas frigoríficas do Estado de Mato Grosso
Data: Quinta-feira, 16/01/2020 22:41
Fonte: Cleber Batista JNMT

Pedro Bittar vice-presidente da ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal concedeu entrevista a imprensa de Juína na manhã desta quinta-feira (16) no auditório da ASCOM – Associação Comercial para falar sobre a questão das atividades realizadas pela empresa Santa Edwirges Indústria e Comércio de Produtos Orgânicos Ltda-ME, conhecida como “graxaria” e suas consequências.

Segundo Bittar na ocasião ele representou a ABRA e a empresa Santa Edwirges, ele ressaltou inicialmente que medidas foram tomadas várias vezes  para tentar conter o mau cheiro na cidade, na nessa empresa existem equipamentos de ponta, mas que quebram, ele ressaltou que os proprietários  tem consciência dos problemas ocorridos e não tem medido esforços para trabalhar nas soluções.

Questionado pelo site JNMT sobre porque a empresa não teria cumprido com um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público e a SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente Bittar justificou que esteve com várias autoridades para conversar sobre a situação e que parte do TAC foi sim cumprido.

“Estive no Poder Legislativo e no Poder Executivo; com o Ministério Público e fiquei impressionado da forma como fui recebido na cidade, a maneira que as pessoas trabalham e dentro do próprio Ministério Público ontem comentei com o promotor que os empresários muitas na ânsia de resolver tudo muitas vezes pode assinar algo, por exemplo, para a empresa não provocar mau cheiro; isso não existe; empresa nenhuma no mundo trabalha sem cheiro característico dela; nós demonstramos muito vontade; eu e os proprietários da empresa junto ao promotor, nos colocamos à disposição do Ministério Público em busca de uma solução conjunta”, destacou.

Pedro Bittar ressaltou que mesmo com os ajustes de equipamentos e adequação da empresa o cheiro característico ao de torresmo frito ainda deve ocorrer quando for realizada a fritura de produtos, o que não pode continuar é o cheiro ardido de produtos fora dos padrões.

A empresa segundo ele atendeu todas as exigências administrativas e ambientais na época em que foi instalada, porém muita coisa mudou inclusive é um preciso um plano diretor atualizado e que não é fácil mudar a empresa de local o que leva tempo, ele disse que concorda plenamente que não se pode justificar a mau cheiro, mas que esforços estão sendo feitos para resolver a questão.

Durante exposição o presidente ressaltou que a empresa recebe produtos descartados de várias plantas frigoríficas do Estado de Mato Grosso, supermercados e açougues e que quando surgem alguns problemas os caminhões que transportam os produtos para a “graxaria” chegam às vezes derramando os produtos que sofrem transformações o que aumenta ainda o mau cheiro.   

A reportagem ainda lembrou sobre a ação de servidores da Secretaria de Meio Ambiente - SEMA de Mato Grosso do Escritório Regional em Juína juntamente com o diretor do Departamento de Licenciamento e Fiscalização Ambiental - DELFAM que flagraram maquinários e um funcionário da empresa Santa Edwirges fazendo o descarte de resíduos de frigoríficos em uma chácara na Comunidade Cristo Rei a poucos quilômetros do centro da cidade no início da semana.

Bittar disse que ficou sabendo sobre o fato pela imprensa e solicitou um levantamento completo, ele não soube definir de forma oficial tal atitude e afirmou que sua equipe deve levar 15 dias para apurar o fato e assim ser possível dar uma opinião precisa sobre o assunto.

Pedro ressaltou ainda que a empresa funciona atualmente com 70% de sua capacidade técnica.

Bittar, ao ser questionado sobre manifestações da sociedade ressaltou que esse é um direito e que vê com naturalidade, ainda fez questão de esclarecer e sugerir de que as pessoas que participavam de uma manifestação na ponte da Verdam se enganaram sobre referências de que ele teria se apresentado como policial federal.

“Primeiro quero pedir desculpas pelos problemas em nome da empresa, eu parei na manifestação e os convidei para conversar na empresa; acho que eles entenderam errado, eu disse que era de Brasília - Distrito Federal”, finalizou.