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NOTÍCIA

Mais de 80% dos municípios de MT enfrentam problemas relacionados ao uso de crack e outras drogas

De acordo com relatório da Confederação Nacional de Municípios (CNM), a segurança pública e a assistência social são as áreas mais afetadas pelos uso de crack em Mato Grosso.
Data: Terça-feira, 25/02/2020 16:33
Fonte: Por Kethlyn Moraes, G1 MT

Em Mato Grosso, 82% dos 141 municípios enfrentam problemas relacionados ao consumo de crack, conforme relatório do Observatório do Crack, da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

A realidade do estado acompanha a do país, onde 85% dos municípios sofrem com o problema.

Em 11 cidades do estado a situação é mais grave, com um índice maior de problemas relacionados ao uso de drogas.

Fazem parte do alerta Guarantã do Norte, União do Sol, Sorriso, Tapurah, Campo Novo do Parecis, Salto do Céu, Mirassol D'Oeste, Porto Esperidião, Jaciara, Rondonópolis e Alto Taquari.

O Observatório do Crack monitora a situação do uso abusivo de drogas no país e as principais consequências dele.

De acordo com o relatório, em Mato Grosso, a segurança pública e a assistência social são as áreas mais afetadas pelos uso de crack.

A violência é apontada como crescente dentro das residências, com elevação no número de feminicídios e abusos sexuais ligados diretamente ao uso de drogas.

O observatório também cita um aumento significativo da desestruturação familiar, crescimento da vulnerabilidade social e o envolvimento de menores de idade em atos infracionais relacionados ao consumo e ao tráfico de drogas.

A educação está em terceiro lugar das áreas mais afetadas pelas drogas no estado.

 

O levantamento aponta que na maior parte dos municípios, o tráfico de drogas dentro dos colégios e no perímetro escolar acontecem com frequência.

Como consequência, é indicado um aumento no número de evasão escolar.

 

"Os relatos expõem situações que indicam o aumento da violência por parte dos alunos e o aumento da sensação de insegurança pelos funcionários das escolas." diz trecho do relatório.

 

A principal ação de enfrentamento ao problema são as campanhas de mobilização e orientação, que são realizas em 13,1% dos municípios.

Já estudos e pesquisas sobre o tema são estratégia em apenas 8% das gestões.