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NOTÍCIA

Depoimento de rapazes que estavam com desaparecido em Campo Verde reforça tese de tentativa de furto em fazenda

Data: Quinta-feira, 18/11/2021 19:57
Fonte: Olhar Direto- Max Aguiar

Os dois rapazes que estavam com o jovem Carlos Bruno de Almeida Souza, 29 anos, em Campo Verde no último final de semana, prestaram esclarecimentos ao Núcleo de Desaparecidos da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e não souberam informar se Carlos está morto e enterrado ou apenas desaparecido. O depoimento, no entanto, reforça a tese de que ele estaria tentando furtar fios de cobre em uma fazenda. 

Ambos, que por motivos de segurança e integridade às testemunhas não serão identificados, confirmaram que estavam com Carlos para praticarem um furto a uma propriedade rural. Eles planejavam levar fios de cobre para vender. O alvo do crime seria uma fazenda às margens da rodovia MT-251, entre Chapada dos Guimarães e Campo Verde, chamada 'Fazenda Laura', que tem plantação de soja e milho e é cercada por vigilantes 

Segundo o que foi informado ao Olhar Direto, após as 20h o trio chegou à propriedade para furtar os cabos. Neste momento, eles foram abordados por homens que, segundo as testemunhas, trabalhavam na fazenda. A dupla, então, teria saído correndo, deixando Carlos para trás. "Eles não falaram se o rapaz morreu, se apenas apanhou, se fugiu pro mato, nada. Eles disseram que correram para o mato e logo saíram da fazenda", disse um investigador. 

Os rapazes voltaram para casa e na última quarta-feira (17) ficaram sabendo que Carlos nestava desaparecido. Agora, a principal suspeita é de que Carlos tenha sido vítima de sequestro e morte e que seu corpo esteja  enterrado ou jogado em meio à plantação. A família de Carlos busca informações em Campo Verde e Cuiabá, por enquanto, sem sucesso. 

Os policiais de Campo Verde foram até a Fazenda Laura para colher detalhes e pegar os nomes de quem estava de pantão no sábado. Outra possibilidade, segundo os investigadores, é de que Carlos tenha sido vítima de alguma emboscada, que pode ter sido feita pelos próprios amigos.

"A crocodilagem existe. E é um fator que vamos investigar também. O fato do furto de cobre pode ser uma história de cobertura, mas tudo será investigado. O que nos intriga é que ainda não temos corpo nem paradeiro", concluiu o investigador. O caso será investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Campo Verde. O Núcleo de Desaparecidos da DHPP apenas colheu o depoimento por haver um boletim de ocorrência de desaparecimento.